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terça-feira, 2 de setembro de 2008
FORNALHA
Entre olhos fustigantes,trafegas,
parece uma garça de veludo e silêncio;
tens olhos de vagalumes
um riso de lavas hercúleas
e um jeito levemente aceso
de domar o mundo com frescor ,ternura
e abraços de hortelã;
Entre metáforas e verbos ardentes
fico imaginando teu corpo
numa taça de vinho e arrebol,
desejando tomá-la
num gole ecumênico!
Quando passas saborosa
e saliente
exalas um cheiro de lençóis
fadigados:
fazendo cócegas líricas
com essas coxas de espelhos
nos lábios ofegantes do meu poema.
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