Aqui entre morros ,
fumaças
farelos fuligens
meu peito respira arrepios;
meus olhos vertigens
nas calçadas ouço teu vulto,
no bondinho e no osso do
Cocorvado,
teus olhos adoçam o Pão de Açucar
com salivas ,verbos,esvoaçados
Ainda pouco deitado entre
as coxas de Ipanema
vi tua voz ecoar,
parecia bando de sabiás
cutucando a solidão do poema
fechei os olhos,fazendo
cócegas no vento
burburinho estridente
e intempestivo corroeu
O Cristo desaparecera!
ave Maria meu Deus!
Abri os olhos,mirei as alturas
e lá estavas derramando risos,
de braços abertos,rosto
de iemanjá
com vestido de cambráia
me chamando para dançar...