sábado, 13 de fevereiro de 2010

FLEXA INSANA


ARTE DE Marcia Poesia de Sá

Corpo infinito efêmero
exala
hálito de manhãs
suadas
dilúvios de saladas
cítricas
recheios de versos
temporal de musgos

tece sussurros
movediços súbitos

adormeço untado de salivas
mântricas;
espumas roucas regojizos
múltiplos

éden de chocolate rítmico
doces de ninfas no apogeu
dos silvos;
me atravessa feito flecha
insana;
banha meus olhos
de vinhos tintos
brandos
como serpente de inusitado
assombro
me faz de sopa com gemidos
ilícitos
desvirtuando minha alma
cândida.