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quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Indistinto
Sobre salivas movediças
lapido meus passos alquebrados,
eles enferrujaram antes do depois,
meus olhos calejados de horizontes
amorfos e sombrios,calam-se.
Abro a janela ,vislumbro
novas paisagens envelhecidas.
Quero correr,
o mundo é mais ágil e gelatinoso,
sento-me entre arestas e ruídos
sobre meu túmulo de papel crepon e eclipses.
POEMA
Alinhavo meus dias
com lama ,silício e rumores
sorvendo dores sobre o ombro
das horas;
o desespero se aloja
na minha medula.
Convido para irmos de mãos dadas
deslizar em oásis impoderáveis,
mas as mãos são feitas
de matéria fluída!
O mundo lânqüido e morfino escorre
por entre pedras quentes
e calejadas,
um grito canta estridentemente
silêncio de desacordo;
deito-me num sofá de brita
almoço uma certeza cética
adormeço sem fim nem recomeço.
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