(Tela:Salvador Dali)
Vim confessar minha amargura:
queria fazer uns versos
que epinassem pipas
contassem estrelas;
desfolhassem desesperos;
fossem overdose de plumas
e ternura
aplacassem iras
ressucitassem
tuas manhãs;
Meu poema,amigo,
é rijo
maledicente
não canta como sabiás
opaca luminosidade,
é aguado e mordaz
não tem lírios nem
galos
anunciando alvorecer.
Perdoa-me por esse poema
raquítico,assombrado,acuado,
e sem vitrines,
embriagado de solidão
e dor
que tece o medo,borda agonia
e me consome de silêncio,frio
e desolação .
Um comentário:
Olá!
Sem dúvida: um grande poema muito bem conjugado com essa lindíssima tela do sempre nosso Salvador Dali.
Parabéns.
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